quarta-feira, junho 02, 2010

A felicidade mora na porta ao lado

Era uma vez...

Hoje às 10h00 comecei o dia de trabalho a ajudar a colega a arrumar os quartos e a limpar as casas de banho. Mudámos os lençóis das camas, arejámos o quarto, deixámos papel higiénico no sítio, o copo devidamente higienizado, o gel de banho atestado e as toalhas lavadinhas nos toalheiros. Ela disse-me que eu tenho de aprender como se faz para eu fazer quando ela estiver de folga. Porque sou eu que o vou fazer, sozinha, quando ela estiver no descanso semanal, como a colega que eu vim substituir fazia (a colega esteve lá 1 mês).
Às 12h00 pus o avental e atendi clientes esfomeados. Pus mesas sob o olhar atento do patrão, com as medidas exactas de distância de garfo e faca, de bordo da mesa e prato, a dobra do guardanapo como manda a regra da casa e os copos devidamente alinhados. Recebi os pedidos, entreguei comidas aos clientes, fiz registos no sistema informático das contas. Sequei copos e arrumei-os, poli talheres e coloquei-os nas gavetas. Às 15h20 estava de saída e regressei às 19h00. E tudo se repetiu, à excepção das camas e das casas-de-banho, e às 23h20 estava a chegar a casa. O cozinheiro perguntou-me a título de curiosidade porque é que, ao invés de trabalhar no restaurante do meu pai, tinha preferido ir trabalhar para aquele restaurante.

E o prólogo desta história é este:

A entrevista de trabalho correu muito bem. O patrão quer que eu seja o braço direito dele, "quero um Técnico de Turismo", disse ele.
Vou organizar as reservas, receber pessoalmente os clientes, organizar-lhes actividades para a sua estada tais como visitas guiadas, roteiros turísticos, organizar noites temáticas no restaurante, organizar eventuais casamentos e baptizados, elaborar fichas técnicas do restaurante, vou aprender a gerir o economato. Em suma, vou aprender toda a gestão de uma unidade hoteleira. Eventualmente, em caso de necessidade, terei de dar uma ajuda na sala, quando o movimento justificar. Poderei também de ter de dar uma ajuda na cozinha nos dias de folga dos cozinheiros, caso haja movimento que o justifique.


Fui enganada. A pior coisa que me pode acontecer é ser enganada. Não suporto, não tolero e abomino quem mo faz.