terça-feira, abril 10, 2007

Friend's doubts

É bonito alimentar amizades e vivê-las sem mentiras, sem falsidades, sem corte na casaca (hábito generalizado da nossa sociedade ao qual fujo), sem prepotências, com sinceridade e dedicação, com gosto e prazer,com carinho e delicadeza, com respeito e frontalidade.
É feio mostrar amizade quando essa palavra não define o sentimento que se partilha. Enerva-me solenemente que pessoas que considero amigas, e que se consideram minhas amigas, venham nas minhas costas dizer que eu sou isto e aquilo, que ajo e reajo premeditadamente, que uso as pessoas em prol dos meus objectivos, que sorrio quando na verdade quero é cuspir! Amigos desses não quero, obrigada. Porque eu não faço isso com os meus amigos e não lhes admito que façam isso comigo!!!
Porque amigo é aquele que chama à razão quando falhamos, que nos alerta quando estamos em vias de cometer erros, que conversa connosco quando sente que alguma coisa se passa, que se preocupa em esclarecer qualquer mal-entendido que surja, que prefere falar connosco directamente em vez de espalhar os problemas por pessoas que nada têm a ver com isso, que se esforça por manter o equilíbrio, que não sente ciúmes de outros amigos.

Tu, que me chamas falsa e "ladra de amigos", vieste ter comigo a pedir-me para ajudar a pessoa que te "roubei"... Tu, que dizes que sou cínica e traiçoeira, falas mal de mim nas minhas costas. Quem é a pessoa falsa...? Quem é a pessoa cínica...?

Tenho mesmo que acordar para a vida e começar a dar menos de mim aos outros...

2 comentários:

Anónimo disse...

Cara Ana Melo,

Estive ausente por uns dias. Eu e os meus pais decidimos aproveitar a época Pascal para passar uns dias nas terras que nos viram nascer (Arganil e Serra da Estrela). Deixámos para trás Nets e Tlms, e aproximamo-nos da tua querida Coimbra.
Foi com algum espanto que li estes teus dois últimos desabafos… pelo menos, é assim que os vejo. De entre todas, a frase que mais me «picou» foi: “Tenho mesmo que acordar para a vida e começar a dar menos de mim aos outros...”. Não o faças, por muito que custe temos sempre que cultivar a amizade, não te esqueças que quanto menos deres… menos recebes.
Quanto a essa tua desilusão para com alguém… não conheço o caso em concreto, mas ocorre-me um pensamento que com uma pequena modificação aplica-se a esse teu sentimento: A amizade é como a primavera: tem muitas muitas forças latentes que rebentam aqui e além. É preciso cultivá-las bem para que dêem bons frutos.
Não te esqueças que à partida o “homem é o lobo do homem” mas só a lei, a comunhão e a amizade apaziguam esse animal. A lei cabe ao Estado aplicá-la, as outras duas cabe a nós geri-las.
Salapochiua (fica bem)
JPVale

P.S.: em breve irei responder à tua pergunta do post de 3 de Abril.

Anónimo disse...

As suas palavras soam tão certas... Obrigado por aceder ao meu pedido.

Rolls