sexta-feira, abril 13, 2007

Histórias #1

- Não podemos fazer isto, sabes bem... - replica ele.
Já te expliquei que nunca poderá passar disto. Tu não és aquela, a tal...

- Eu sei, e já me conformei com isso - diz ela, não muito certa de quão sincera estava a ser.

(beijo)

- Gosto muito de mimos. Sou muito mimado e gosto de mimar para ser mimado.

- E eu gosto de te dar carinhos e beijinhos, e gosto de fazer amor contigo. Os signos dizem que nos entendemos muito bem - diz ela sorridente, feliz por estar ali com ele, num mar de delícias e carícias.

- Não acredito muito nos signos mas sim, gosto de estar contigo. E sim, deixas-me louco de prazer.

E permaneceram enroscados um no outro, como que se da última noite se tratasse.

Moral da história: de que serve lutar contra a paixão e o desejo que une duas pessoas...?

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa noite Ana,

Não sei se este teu pequeno e delicioso diálogo entre dois amantes é ficcionado ou não, no entanto nem sempre o final real é o mais risonho, por vezes “amar” assusta. Passo a explicar…
No ano passado, em Angola, acompanhei os últimos meses de vida duma Senhora angolana que antes de perecer viu partir o seu bebé. Faleceram ambos por amar, amar o seu marido infectado pelo SIDA. O marido nem vê-lo, mal soube da infecção, desapareceu sem deixar rasto.
O último dia foi particularmente doloroso e rico, … rico, que palavra tão incongruente e sem sentido para um momento tão triste. Ficou-me na memória a força daquele curto diálogo que travámos sem uma única palavra trocada.

A outra história real foi hoje publicada pelo Diário Digital/Lusa, aqui vai a transcrição na íntegra:
China: namorados suicidam-se amarrados por amor impossível.
Um par de namorados apaixonados uniu aos mãos com uma fita vermelha antes de se atirar ao rio por que os pais de ambos impediam o casamento, conta hoje o jornal oficial chinês New Beijing Daily.
Quando os corpos apareceram a boiar no rio Changjiang, três dias depois dos namorados se terem suicidado, o casal tinha ainda as mãos unidas por um metro de fita vermelha. De acordo com o jornal da capital chinesa, foi um pescador quem encontrou os cadáveres nas águas e de imediato comunicou à polícia.
Wang Feng, 26 anos, e Liu Yan, de 20, tinham casamento marcado para o início de Abril, mas os pais de ambos impediram a cerimónia marcada para Chongqing, municipalidade no centro da China. Os pais de Wang não quiseram que o filho se casasse porque a noiva é natural de Lanzhou, que fica longe de Chongqing, enquanto os pais de Liu Yan pediram 20 mil renminbis (1900 euros) como prenda de noivado, montante que a família do jovem não pôde suportar por dificuldades económicas.
Wang deixou uma carta de despedida para o irmão, onde justificava o suicídio. «Não podemos desistir um do outro porque vivemos na vida um do outro. Vocês não compreendem que este é o nosso amor», constava da carta, citada pelo New Beijing Daily.
O casal conheceu-se há dois anos em Lanzhou, quando Wang foi para ali trabalhar, e depois de um ano apaixonados, foram viver para Chongqing, explica o jornal.

O que vale é que a maioria das histórias de paixão e desejo tem um final feliz.
Lalapochiua (dorme bem),
JPVale

Nota: 13 de Abril de 2006. Hoje faz 366 dias que fiz a Primeira Comunhão no Mosteiro “Mãe de Deus” das Monjas Dominicanas de Benguela. Algo que não fazia lembrar ao Diabo, muito menos a mim. Há lá coisas! Nunca é tarde para se renascer.